Jornalistas dinamarqueses ilibados

Um tribunal de Copenhaga ilibou, a 4 de Dezembro, três jornalistas dinamarqueses que corriam o risco de ser multados ou presos por “publicação de informação obtida ilegalmente por terceiros”, num processo relacionado com a denúncia da falta de provas credíveis que suportassem o apoio da Dinamarca à invasão do Iraque em 2003.

A decisão que inocentou o editor Niels Lunde e os repórteres Jesper Larsen e Michael Bjerre Rasmussen, do “Berlingske Tidende”, foi saudada pela Federação Internacional de Jornalistas (FIJ), pelo Instituto Internacional de Imprensa (IPI), pela Repórteres Sem Fronteiras (RSF) e pela Associação Mundial de Jornais (WAN).

O tribunal reconheceu que os três jornalistas cumpriram com o seu papel social ao noticiar um assunto de interesse público, o que segundo a FIJ é uma “excelente notícia para a liberdade de imprensa” e, de acordo com o IPI, deve levar o governo dinamarquês a rever a lei que permitiu avançar com o processo.

Mais duro em relação à existência de um processo judicial neste caso foi Mogens Bjerregård, presidente do Sindicato Dinamarquês de Jornalistas, que o considerou “um insulto à imprensa livre e um rude golpe para a nação dinamarquesa enquanto modelo da democracia e da liberdade de expressão”.

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