Jornalistas da Al-Jazeera detidos em Israel

A situação dos jornalistas a trabalhar no Médio Oriente está a complicar-se devido à falta da segurança para o exercício da profissão, alertaram a Federação Internacional de Jornalistas (FIJ), o Comité para a Protecção dos Jornalistas (CPJ) e a Repórteres Sem Fronteiras (RSF), denunciando ainda as detenções de elementos da Al-Jazeera.

Walid al-Omary, responsável pelos escritórios da estação televisiva Al-Jazeera em Jerusalém, afirmou ao CPJ que, em dois dias (16 e 17 de Julho), foi por três vezes detido pela polícia israelita devido às suas reportagens sobre os ataques com rockets na região de Acre.

Outro correspondente da mesma estação, Elias Karam, foi detido no dia 16 na mesma zona, tendo sido libertado sob fiança, podendo vir a enfrentar acusações de apoiar o Hezbollah por ter revelado a localização de locais atingidos por rockets.

A FIJ revelou ainda que o repórter de imagem da Reuters, Rami Amichai, foi ferido numa perna num ataque de rocket do Hezbollah enquanto filmava numa cidade costeira de Israel.

Estas ocorrências mostram que, “quando a violência se intensifica, os média ficam sob fogo de ambos os lados”, afirmou a FIJ que, rejeitando as acusações de estar a “tomar partido”, frisou: “Não apoiamos os pontos de vista de nenhum órgão de comunicação em particular, mas insistimos para que os jornalistas sejam tratados como não-combatentes”.

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