Jornalistas combatem violência contra os média no Iraque

Um pouco por todo o Iraque vai arrancar um movimento de jornalistas que visa concretizar um programa de acção para combater a violência contra a comunicação social no país e fomentar um jornalismo realmente ético e independente, que não se deixe manipular pelos políticos, anunciou a Federação Internacional de Jornalistas (FIJ).

Intitulado Iraqi National Journalists Advisory Panel, o grupo, que recruta membros entre antigos sindicalistas e líderes do novo sindicato, sublinha que a sua primeira prioridade é eliminar todas as ameaças que actualmente pendem sobre a classe jornalística.

Para Aidan White, secretário-geral da FIJ, que anunciou a formação do movimento num encontro em Amman, Jordânia, “se o movimento for bem sucedido no Iraque, ele representa um sinal de mudanças positivas para todo o mundo árabe”.

Numa série de encontros organizados pela FIJ em Bruxelas na terceira semana de Fevereiro, ficou decidido que os jornalistas iraquianos vão realizar uma conferência em Bagdade no próximo mês de Abril para discutirem a necessidade de novas regras no sector dos média, de um novo código de ética e de mudanças urgentes no código do trabalho, que padece de graves discrepâncias.

Os jornalistas mostraram-se particularmente preocupados com a violência que quase diariamente afecta o exercício da profissão e, a esse propósito, lançaram já a campanha Report and Survive, que pretende pôr fim àquele problema.

Para a conferência de 8 de Abril – que assinala os dois anos passados sobre o ataque realizado pelas tropas da coligação ao Hotel Palestina, no qual morreram dois repórteres – os jornalistas planeiam realizar manifestações em várias cidades iraquianas para protestar contra a impunidade de que gozam os assassinos dos jornalistas.

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