Jornalistas ameaçados com lei antiterrorista

O procurador-geral da Suazilândia, Majahenkhaba Dlamini, avisou a 17 de Novembro que os jornalistas críticos do governo poderiam ser encarados como apoiantes de terroristas e detidos ao abrigo da nova Lei de Supressão do Terrorismo, que prevê penas de até 25 anos de prisão.

A ameaça mereceu a condenação da Associação Nacional de Jornalistas da Suazilândia (SNAJ), da delegação do Instituto de Média da África Austral (MISA) no país e da Repórteres Sem Fronteiras (RSF), organizações que frisaram que o artigo 25º da Constituição do país garante a liberdade de expressão e de imprensa.

A RSF considerou mesmo que “este tipo de intimidação é intolerável” e visa apenas silenciar qualquer forma de crítica, uma vez que a 14 de Novembro as novas leis antiterroristas foram usadas para suspender quatro organizações, entre as quais o Movimento Democrático Unido do Povo (PUDEMO), acusadas de serem “inimigas da paz, da estabilidade, da segurança e do progresso nacional”.

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