Jornalista russa raptada e assassinada na Chechénia

A jornalista russa Natalya Estemirova, colaboradora do “Novaya Gazeta” e activista pelos direitos humanos, foi raptada da sua casa em Grozny, na Chechénia, a 15 de Julho, tendo o seu corpo sem vida sido encontrado mais tarde na Ingushia, com um tiro na cabeça e outro no peito.

Com 50 anos de idade, Natalya Estemirova era conhecida pela denúncia de abusos dos direitos humanos, como raptos, queima punitiva de casas ou mortes extrajudiciais, levados a cabo na Chechénia, tendo uma série de ameaças das autoridades chechenas obrigado a que ela passasse a escrever sob pseudónimo.

A Federação Internacional de Jornalistas (FIJ), o Comité para a Protecção dos Jornalistas (CPJ), a Repórteres Sem Fronteiras (RSF) e o Instituto Internacional da Imprensa (IPI) condenaram o crime e instaram as autoridades russas e chechenas a encontrar os assassinos e puni-los na justiça.

“A Natalya era a última fonte de informação credível sobre a Chechénia para grupos de direitos humanos e jornalistas. Agora, temo que irá haver um vácuo, pois ninguém se atreverá a fazer o trabalho que ela fazia”, afirmou Tanya Lokshina, investigadora do Observatório de Direitos Humanos, ao CPJ.

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