A jornalista russa Elena Maglevannaya solicitou asilo político à Finlândia, depois de ter sido condenada a 13 de Maio ao pagamento de uma multa de 200 mil rublos (4500 euros) por alegada “disseminação de informação falsa que desacredita a reputação do serviço prisional” num artigo sobre tortura de um detido checheno.

A pena, da qual a jornalista garantiu que irá recorrer, foi-lhe atribuída por um tribunal de Volgogrado, que ainda a condenou a publicar no sítio Vestnikcivitas, onde a peça foi originalmente divulgada, uma retractação, algo que Elena Maglevannaya se recusa a fazer.

“A lógica da sentença judicial escapa-nos. O caso envolve acusações sérias sobre a tortura de um detido, por isso para quê punir a jornalista em vez de investigar a situação examinando todas as provas, começando pelas declarações do próprio prisioneiro?”, questiona a Repórteres Sem Fronteiras (RSF).

Enquanto aguarda a resposta ao pedido de asilo, Elena Maglevannaya está a viver numa residência para refugiados na zona de Helsínquia, cidade para onde se deslocou para participar num fórum cívico organizado pelo grupo de direitos humanos finlandês Finnsforum.