Sebastian Oancea, um jornalista que acompanha as eleições presidenciais romenas para o “Ziarul de Vrancea”, foi ameaçado por três agentes da autoridade no espaço de poucas horas, a 6 de Novembro.
A situação do jornalista, que estava a cobrir a campanha da coligação de governo, composta pelo Partido Social Democrata e o Partido Humanista Romeno (PSD-PUR), motivou já críticas da Repórteres Sem Fronteiras (RSF) e da Agência de Monitorização dos Média da Roménia (MMA). As duas organizações consideram que as autoridades locais estão a perseguir o jornal, que enfrenta um total de 160 queixas contra os seus artigos.
Num primeiro incidente, George Baesu, ex-presidente da câmara e candidato a deputado do PSD, disse a Sebastian Oancea que merecia ser espancado pelo que tinha escrito.
Mais tarde, durante uma conferência de imprensa, o jornalista aproximou-se de Marian Oprisan, presidente da Assembleia Municipal, para a fotografar, mas um agente mandou recuar os jornalistas, que apenas poderem colher imagens a uma distância de três metros de Marian Oprisan.
A terceira situação deu-se quando Sebastian Oancea questionou o chefe da polícia local, Silviu Crin Grosu, sobre se sabia que o ministro da Administração Interna tinha proibido as autoridades locais de participar na campanha eleitoral, ao que este, numa ameaça velada, recordou ao jornalista que a sua mãe trabalhava nos serviços policiais.
Em 2002, as autoridades municipais impediram a venda do “Ziarul de Vrancea” ao chamarem máquinas para demolir meia dúzia de quiosques que vendiam o jornal e que eram a a única forma do diário chegar aos leitores, depois da empresa de distribuição pública ter quebrado o contrato com o “Ziarul de Vrancea”.