Antoine Massé, correspondente local do Le Courrier d’Abidjan, um diário pró-governamental, foi morto na manhã de 7 de Novembro durante confrontos entre o exército marfinense, manifestantes e elementos das forças de manutenção da paz francesas na cidade
Segundo as Forças de Defesa e Segurança Marfinenses, a morte de Antoine Massé é da responsabilidade das tropas francesas, acusadas igualmente de terem morto dois outros civis, três soldados, um polícia e um funcionário alfandegário.
Os militares franceses não comentaram directamente a morte do jornalista, mas o general Henri Bentegeat reconheceu que os seus soldados dispararam em certos casos para conter multidões violentas, embora garantindo que se restringiram sempre ao mínimo absoluto em termos de autodefesa. O oficial remete as culpas pelo elevado número de mortes a homens armados no seio dos manifestantes.
A Federação Internacional de Jornalistas (FIJ), a Repórteres Sem Fronteiras (RSF) e o Comité para a Protecção dos Jornalistas (CPJ) solicitaram de imediato um inquérito exaustivo às circunstâncias da morte do jornalista.
Já na véspera, 6 de Novembro, um operador de câmara da “RadioTélévision Ivoirienne” fora atingido nos pés enquanto filmava um contra-ataque de um helicóptero francês em Tiébissou, depois de um ataque das forças marfinenses que provocou a morte a nove soldados gauleses em Bouaké.