Saúl Martínez Ortega, editor do “Diario de Agua Prieta”, foi raptado na noite de 16 de Abril em Agua Prieta, no estado mexicano de Sonora, por um grupo de homens armados com armas de grande calibre.

De acordo com a imprensa local, citada pela Repórteres Sem Fronteiras (RSF), o jornalista ainda tentou escapar, mas o seu carro foi ultrapassado por duas carrinhas e alvejado repetidamente, tendo os raptores conseguido levá-lo consigo.

Os investigadores policiais encarregues do caso ainda não têm a certeza de qual o motivo para o rapto do jornalista, mas não excluem a possibilidade de o sequestro ser obra de elementos ligados ao crime organizado, uma vez que têm sido várias as represálias exercidas sobre jornalistas desde que as autoridades federais mexicanas iniciaram uma forte ofensiva contra os narcotraficantes.

“Os jornalistas estão mais expostos do que nunca a este tipo de violência e receamos que haja um nítido declínio na liberdade de imprensa em alguns estados”, afirmou a RSF, acrescentando que “a luta contra o crime organizado deve ser acompanhada de uma luta contra a impunidade” de quem pratica actos violentos contra a imprensa.

A organização instou também as autoridades federais mexicanas a levarem a cabo investigações aos próprios governos municipais e estaduais dos estados em que os governantes locais são acusados de conivência com os senhores da droga.