A jornalista francesa Claire Billet foi informada, a 17 de Maio, de que tinha sido colocada na lista negra da Força Internacional de Assistência e Segurança (ISAF) da NATO no Afeganistão. A medida suscitou o protesto da Federação Internacional de Jornalistas (FIJ).
“Esta colocação na lista negra é mais uma prova de que os média no Afeganistão não só enfrentam desafios de segurança como também lutam contra a censura e o controlo das autoridades”, afirmou o presidente da FIJ, Christopher Warren.
A medida contra Claire Billet ocorre cerca de sete semanas depois de a repórter ter sido interrogada durante quatro horas por soldados norte-americanos, por ter filmado veículos civis junto à sede da ISAF em Cabul, no âmbito de uma reportagem sobre segurança na capital afegã que estava a preparar para a estação televisiva France 24.
Embora possuísse uma autorização para trabalhar emitida pela ISAF, Claire Billet viu serem-lhe confiscadas as filmagens e o cartão de acreditação, não lhe tendo este último sido ainda devolvido.
Segundo a Associação Afegã de Jornalistas Independentes (AIJA) e o Comité para a Protecção dos Jornalistas Afegãos (CPAJ), as forças locais e internacionais têm tornado cada vez mais difícil a captação de filmagens nas ruas de Cabul, havendo mesmo total proibição de o fazer em determinadas áreas da cidade por alegados motivos de segurança.