Jornalista de investigação expulsa da Rússia

As autoridades alfandegárias russas recusaram a entrada no país à jornalista de investigação Natalia Morar, que vive e trabalha há vários anos em Moscovo, e colocaram-na num voo de ida para a Moldova, seu país natal, alegando ordens dos serviços secretos

A repórter da revista mensal “New Time” foi detida no aeroporto de Domodedovo, na capital russa, no regresso de uma viagem de trabalho a Israel, mas segundo a Federação Internacional de Jornalistas (FIJ) a expulsão será uma retaliação oficial pela denúncia de transferências obscuras de dinheiro para partidos – entre os quais o Rússia Unida de Vladimir Putin – durante as mais recentes eleições legislativas.

“A mensagem que é enviada a todos os jornalistas não podia ser mais clara: não metam ou nariz em casos sensíveis para o Kremlin, caso contrário sofrerão as consequências”, afirmou o secretário-geral da FIJ, Aidan White, demonstrando-se preocupado com o estado do pluralismo e da liberdade de imprensa na Rússia.

O protesto da FIJ foi acompanhado de um pedido à Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE) e ao Conselho da Europa para que investiguem este caso e exijam explicações às autoridades russas.

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