Um tribunal arbitral da cidade russa de Smolensk condenou o jornalista Nikolai Goshko a cinco anos de prisão por ter difamado três oficiais da cidade, numa emissão da estação independente Radio Vesna, em Julho de 2000.
De acordo com a imprensa local, a severidade de sentença, conhecida a 6 de Junho, contra o chefe-de-redacção adjunto do jornal “Odintsovskaya Nedelya” e antigo correspondente da Radio Vesna surpreendeu tanto a defesa quanto a acusação.
A 27 de Julho de 2000, Nikolai Goshko acusou, através da rádio, oficiais de topo de Smolensk de terem mandado matar, na véspera, Sergey Novikov, que era então proprietário e director da estação, o que lhe valeu uma queixa por parte das autoridades, que pediram um ano de prisão com pena suspensa para o jornalista.
Aleksandr Asadchy, chefe de redacção do “Odintsovskaya Nedelya”, disse ao Comité para a Protecção dos Jornalistas que “ninguém esperava por uma sentença de prisão, muito menos de cinco anos” e acrescentou que, como o caso se arrastara tanto tempo em tribunal, a audiência de 6 de Junho era encarada apenas como uma formalidade, pelo que o jornalista nem levara consigo o advogado, que vai agora apresentar recurso.