Jornalista chinês julgado por “informação falsa e alarmista”

Li Changqing, director-adjunto do “Fuzhou Daily”, foi julgado a 19 Janeiro por “fabrico e divulgação deliberada de informação falsa e alarmista”, devido a uma reportagem sobre um surto de dengue, publicada no sítio Boxun News, entretanto proibido na China.

No entanto, colegas do jornalista dizem que as autoridades o estão a perseguir também por ter escrito mensagens de apoio a Huang Jingao – funcionário do Partido Comunista em Fujian que em 2004 denunciou casos de corrupção entre governantes locais – já que Li Changqing foi detido em Fevereiro de 2005 no âmbito das investigações feitas a Huang Jingao, que entretanto foi condenado a prisão perpétua em Novembro.

Aquando dessa detenção, o director-adjunto do “Fuzhou Daily” foi acusado de incitar à subversão, mas essas acusações foram mais tarde substituídas pelas actuais.

O processo judicial contra Li Changqing é criticado pelo Comité para a Protecção dos Jornalistas (CPJ), cuja directora-executiva, Ann Cooper, sustenta que “longe de cometer qualquer crime, Li demonstrou repetidamente grande integridade e coragem nas suas reportagens sobre assuntos de interesse público, incluindo corrupção e saúde pública”.

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