Jornalista acusado de “prejudicar imagem pública” da Mauritânia

O jornalista freelance Mohamed Lemine Ould Mahmoudi foi preso por “prejudicar a imagem pública” da Mauritânia através de uma entrevista a uma mulher que tinha sido identificada por uma organização local como sendo uma escrava fugitiva.

Segundo a Repórteres Sem Fronteiras (RSF), Mohamed Lemine Ould Mahmoudi compareceu perante um juiz a 16 de Março e foi posteriormente preso em Rosso, no sul da Mauritânia, sob o pretexto de ter “prejudicado a imagem diplomática e económica” do país e de “produzir documentos tendentes a perturbar a ordem pública”.

Foram ainda detidas duas mulheres, Aïchetou Mint El Hadar e Moya Mint Boyah, acusadas dos mesmos crimes, as quais foram levadas para a prisão de mulheres da capital, Nouakchott.

Indignada, a RSF protestou contra a decisão judicial, alegando que “um jornalista que procura obter um testemunho individual não está a cometer um crime, está a fazer o seu trabalho”.

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