Paul Klebnikov, responsável pela edição russa da “Forbes Magazine”, foi morto na noite de 9 de Julho com quatro tiros, quando saía do seu escritório em Moscovo. Desconhece-se a razão do crime.
Segundo o Comité para a Protecção dos Jornalistas (CPJ), que quer ver esta morte investigada, nos últimos quatro anos foram assassinados na Rússia 14 jornalistas, devido ao seu trabalho, e nem um único culpado foi levado perante a justiça.
“Este vergonhoso recorde de impunidade é uma das razões que permitem a continuação dos crimes”, sublinha o CPJ, para quem a inércia das autoridades “envia um recado arrepiante aos jornalistas russos e uma mensagem ao resto do mundo acerca da indiferença do Kremlin quanto à liberdade de imprensa”.
A revista “Forbes” atraiu atenções em Maio, quando publicou uma lista das pessoas mais ricas da Rússia, em que se salientava a existência de 33 bilionários em Moscovo, mais do que em qualquer outra cidade do mundo.
Paul Klebnikov era também conhecido como autor de “O Padrinho do Kremlin”, um livro sobre o multimilionário russo Boris Berezovsky, em que o jornalista afirma que o homem de negócios tinha ligações com a máfia chechena e contrabandeara centenas de milhares de dólares para fora do país.
Após a morte do jornalista, Boris Berezovsky afirmou aos média que Paul Klebnikov divulgava informações imprecisas, o que pode ter desagradado bastante a alguém.