Mordechai Vanunu, o homem que revelou ao mundo que Israel possuía armas nucleares, está a ser julgado pelos tribunais israelitas, acusado do crime de ter falado com jornalistas, desrespeitando assim as restrições que lhe tinham sido impostas aquando da sua libertação.

Caso seja condenado, Mordechai Vanunu poderá passar mais nove meses na cadeia, uma hipótese que é criticada pela Federação Internacional de Jornalistas (FIJ), que considera que os 18 anos que o antigo cientista esteve prerso já foram mais do que suficientes e que a intimidação que está a ser levada a cabo pelas autoridades israelitas é “absurda e injusta” e não deveria ocorrer numa democracia.

Sublinhando que “a protecção de informadores como Vanunu é vital para a liberdade de expressão”, a FIJ aproveita ainda esta ocasião para lembrar a sua campanha em prol de uma maior protecção das fontes de informação dos jornalistas.