Inaugurado o primeiro Curso de Segurança e Defesa

A sessão de abertura do primeiro Curso de Segurança e Defesa para Jornalistas decorreu na terça-feira, 17 de Setembro, com intervenções do director do Instituto da Defesa Nacional e do presidente do Sindicato dos Jornalistas, que sublinhou a oportunidade do curso face à conjuntura internacional.

O director do Instituto da Defesa Nacional (IDN), general Garcia Leandro, deu as boas-vindas aos 30 jornalistas que estão a frequentar o curso que decorre na sede daquele instituto até 3 de Dezembro.

Este curso de formação é resultante de um protocolo assinado entre Sindicato dos Jornalistas (SJ) e o IDN e é organizado em colaboração com o Centro Protocolar de Formação Profissional para Jornalistas (Cenjor), cujo director, Fernando Cascais, assistiu também à sessão inaugural. Ao longo das 60 horas do curso, os formandos vão adquirir conhecimentos e competências em áreas como as relações internacionais, política externa portuguesa e as forças armadas nacionais.

Esta acção ocorre numa ocasião em que a conjuntura internacional coloca novas exigências aos jornalistas, nos planos da defesa da liberdade de informar e do rigor do jornalismo, como sublinhou o presidente do SJ, Alfredo Maia.

“O Mundo já não é o mesmo de há um ano e órgãos de informação e jornalistas desempenham cada vez mais um papel essencial na condução das lógicas de confrontação”, disse Alfredo Maia, lembrando o recente relatório da Federação Internacional de Jornalistas (FIJ), que alerta para a adopção iminente de legislação restritiva das liberdades cívicas em dezenas de países.

“Do ponto de vista daquilo que para os jornalistas é mais importante – a liberdade de imprensa – não há dúvidas de que as condições objectivas para o seu exercício estão fortemente condicionadas por um contexto internacional complexo que alegadamente justifica tentativas de instrumentação dos média e medidas restritivas das liberdades dos cidadãos e dos profissionais de informação”, afirmou o presidente do SJ.

Alfredo Maia salientou a importância deste primeiro Curso de Segurança e Defesa para Jornalistas, num contexto onde a opinião pública espera dos jornalistas “muito mais do que o mero registo dos factos que animam ou oprimem o quotidiano dos povos, pois mais do que testemunha profissional da História, o jornalista é chamado a procurar compreender e explicar qualificadamente os factos no seu contexto, sob pena de contribuir para reduzir as sociedades modernas e democráticas a um imenso mosaico amorfo e acrítico de espectadores passivos ou, na pior das hipóteses, gozosos do sofrimento alheio”.

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