Impunidade encoraja violência nas Filipinas

A cultura de violência contra jornalistas nas Filipinas é encorajada pela inacção governamental e constitui o motivo principal dos 66 assassinatos de jornalistas naquele país asiático desde 1986, afirma um relatório da Federação Internacional de Jornalistas (FIJ).

O relatório “A Dangerous Profession: Press freedom under fire in the Philippines” prevê que 2005 será um ano ainda mais mortífero do que 2004, uma vez que já foram assassinados três jornalistas desde 1 de Janeiro.

Dos 66 assassinatos de jornalistas ocorridos nos últimos 19 anos, apenas um resultou na condenação dos culpados, um facto que a juntar à fragilidade do programa de protecção de testemunhas – que não evitou o assassinato de uma – demove muitas pessoas de levarem os casos a tribunal e promove a impunidade.

Como forma de combater esta situação, o relatório da FIJ recomenda, entre outras medidas, que se reforce o grupo de protecção policial de jornalistas, se investiguem efectivamente todos os casos de jornalistas mortos desde 1986, se crie um gabinete que treine os jornalistas para trabalhar em segurança na cobertura de cenários hostis e se traduza para tagalog (idioma também conhecido como filipino) o manual “Live News: A Survival Guide for Journalists”.

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