A administração do grupo turco de imprensa Star despediu 682 trabalhadores sem qualquer aviso prévio nem indemnização e recusa acatar as ordens do tribunal para a readmissão dos trabalhadores despedidos.

Face a esta situação, a Federação Internacional de Jornalistas (FIJ) e o Instituto Internacional de Imprensa (IPI) enviaram uma carta ao primeiro-ministro turco, Tayyip Erdogan, instando-o a tomar as medidas necessárias para a readmissão dos trabalhadores e pagamento das respectivas indemnizações.

As duas organizações responsabilizam o governo dado que foi este que empossou a nova administração do Star em Dezembro de 2004, baseando a escolha dos gestores em critérios políticos e financeiros. A FIJ e o IPI acusam ainda o governo turco de ter uma “política evidente de repressão e censura contra a imprensa livre na Turquia”.

A título de exemplo, as duas organizações dizem que o governo ignorou a decisão judicial e bloqueou os procedimentos legais devidos neste caso sem apresentar qualquer razão para tal.

A FIJ e o IPI recordam igualmente que há um ano vários funcionários das empresas Star estiveram sete meses de salários em atraso, devido a dificuldades financeiras resultantes do congelamento das receitas da Star TV e do jornal “Star”, ordenado pela Agência de Regulação e Supervisão da Banca, e do encerramento, em meados de 2003, por decisão governamental, de duas empresas de energia e um banco, todos pertença da família Uzan, proprietária do grupo Star.