Greves em Itália em defesa de acordos colectivos

Os jornalistas italianos efectuaram a 18 de Março mais um dia de greve em protesto contra a intransigência da Federação Internacional de Editores de Jornais (FIEG) na negociação do contrato colectivo de trabalho.

A esta acção, que envolveu profissionais dos diários, das agências noticiosas e do meio online e que teve, em muitas redacções, uma adesão superior a 90 por cento, vai seguir-se uma outra paralisação, agendada para dia 25 nas emissoras nacionais de rádio e televisão.

Estas novas lutas não incluem, como há alguns meses sucedia, nem os jornalistas das emissoras locais, nem os profissionais afectos à administração pública, uma vez que a Federação Nacional da Imprensa Italiana (FNSI) já alcançou um acordo com a Aeranti-Corallo (emissoras regionais) e está em negociações com a Aran (administração pública).

A decisão de efectuar greve numa altura em que Itália vive um período de campanha eleitoral não foi, segundo a FNSI, tomada de ânimo leve. Por esse motivo, a organização espera que todas as forças que concorrem ao acto eleitoral estejam atentas às questões que motivam este protesto.

Entre estas questões está a dignidade dos jornalistas freelance, aos quais algumas casas editoriais, como o grupo Riffeser, pretendem pagar dois euros à peça, apesar de terem lucros bastante bons que optam por distribuir pelos accionistas.

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