Greve na RFI é a mais longa desde 1968

Desde 12 de Maio que vários jornalistas da Radio France Internationale (RFI) estão em greve, a paralisação mais longa na história do sector desde 1968, de acordo com a Federação Europeia de Jornalistas (FEJ), que se manifestou solidária com o protesto.

A administração só mantém conversações com um sindicato cujos representados não estão em greve, recusando-se negociar com os restantes – FO, SNJ, SNJ-CGT e SNRT-CGT –, que protestam contra os planos para despedir 206 trabalhadores, o que representa um quarto da força de trabalho.

Os sindicatos contestatários exigem a preservação do acordo colectivo existente, recusando a imposição de novas condições de trabalho por parte da empresa, pretendem a retirada do plano social proposto pela administração, não aceitam despedimentos compulsivos e querem respeito pela independência e pluralismo da emissora, pela programação de serviço público e pela protecção social dos trabalhadores.

“Esta acção, apoiada por mais de 60% do pessoal, justifica-se dadas as ameaças que pendem sobre a RFI”, afirmou o presidente da FEJ, Arne König, apelando à empresa para que se envolva num “diálogo genuíno com os sindicatos” e respeite os jornalistas e “os interesses da própria RFI, enquanto fornecedor de serviço público e grande órgão de comunicação internacional”.

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