Greve em Itália com 90 por cento de adesão

A Federação Nacional da Imprensa Italiana (FNSI) regozijou-se com os 90 por cento de adesão à greve nos dias 30 de Setembro e 1 de Outubro no sector jornalístico a nível nacional, regional e local.

A paralisação afectou os órgãos onde trabalham jornalistas de agência, dos meios impressos e dos meios digitais, sejam profissionais por conta de outrem ou freelancers.

Os jornais em que a grande maioria dos trabalhadores participou na greve foram publicados à custa dos colaboradores com vínculo precário ou em final de contrato, atitude anti-sindical que, segundo a FNSI, não conseguiu impedir uma quebra na qualidade dos jornais durante os dois dias da paralisação.

A Federação Nacional da Imprensa Italiana sublinhou a sua preocupação face às situações verificadas no “Giornale di Sicilia” e no grupo Riffeser, onde os jornais foram publicados contra a vontade da maioria dos redactores, e lamentou que tenham saído para as bancas alguns diários editados por cooperativas de jornalistas, contrariando as indicações do sindicato.

Apesar destes percalços, a FNSI congratula-se com a participação dos jornalistas nos dois dias de greve, por entender que, com isso, a classe jornalística reforçou o seu interesse em alcançar um contrato de trabalho que respeite a dignidade e autonomia da profissão.

A Federação espera agora que a mesma determinação seja expressa pelos jornalistas da imprensa gratuita, que têm uma greve marcada para 5 e 6 de Outubro, bem como pelos colegas dos canais de rádio e televisão públicos e privados, regionais e nacionais, com paralisação convocada para 7 e 8 de Outubro.

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