Grande adesão à greve em Itália

A primeira parte da greve dos jornalistas em Itália teve uma média de adesão perto dos 90 por cento, informou em comunicado a Federação Nacional da Imprensa Italiana (FNSI), que espera idêntica demonstração maciça de descontentamento hoje, 20 de Junho, na paralisação dos jornalistas de rádio e de televisão.

A organização sindical realçou que “em muitíssimas empresas a quota de participação superou os 95 por cento”, elogiando ainda a atitude de “milhares de jornalistas freelance que se juntaram ao protesto e não trabalharam nesse dia, apesar dos riscos para o seu trabalho”.

Para a FNSI “o grande sucesso da greve testemunha o combate da classe contra a tentativa das empresas em impor o completo controlo da informação, a desqualificação da profissão e dos órgãos e a redução da independência dos jornalistas”.

A 22 de Junho, a organização sindical realizará uma reunião para discutir outras iniciativas, sem excluir a possibilidade de nova paralisação em Julho, período em que as redacções italianas recorrem bastante a trabalhadores em situação precária para colmatar as férias de jornalistas do quadro.

Se após as acções de greve a posição da Federação Italiana de Editores de Jornais (FIEG) não mudar, o secretário-geral da FNSI, Paolo Serventi Longhi, promete a convocação de uns Estados Gerais do Jornalismo para o início de Setembro, para discutir questões ligadas aos contratos e à ética do jornalismo.

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