O governo da Bielorússia mandou encerrar por três meses o semanário “Rabochaya Solidarnost”, alegadamente por o jornal não ter actualizado o seu registo junto das autoridades.
A Repórteres Sem Fronteiras (RSF) considera este facto como o culminar de uma campanha de perseguição sistemática aos órgãos de imprensa independentes na Bielorrússia.
Apesar do motivo apontado pelo governo, a verdade é que o jornal – co-fundado pelo Partido Trabalhista Bielorusso (PBT) – avançou com o pedido de revalidação em Março passado e dois meses depois recebeu como resposta que a solicitação ainda estava a ser avaliada.
De acordo com o PBT, o semanário tem sido alvo da hostilidade estatal por ter criticado a Federação dos Sindicatos Bielorussos, que é pró-governamental.
De acordo com a RSF, a imprensa independente tem sido lesada por se revelar contra o regime do presidente Aleksandr Lukachenko, considerado pela Repórteres Sem Fronteiras como um dos 37 maiores predadores da liberdade de expressão em 2004.
Já em 2003, as autoridades da Bielorússia suspenderam ou sancionaram mais de dez títulos da imprensa, impediram a difusão de cerca de 15 outros órgãos dos média e silenciaram diversas organizações de defesa dos direitos humanos.
