Fotógrafo palestiniano sucumbe a ferimentos

Hamza Shahin, fotógrafo da agência noticiosa Shehab, morreu a 26 de Dezembro na sequência de ferimentos sofridos num ataque aéreo israelita duas semanas antes, no Norte de Gaza, o que mereceu um aviso da Federação Internacional de Jornalistas (FIJ) quanto aos riscos que os profissionais da comunicação correm ao cobrir o conflito em curso no Médio Oriente.

A organização considera que o facto de Israel negar o acesso de jornalistas estrangeiros a Gaza coloca uma maior pressão sobre os repórteres locais para fornecer informação aos órgãos de comunicação internacionais e leva-os a correr riscos adicionais para cobrir o que se passa em locais passíveis de serem atacados.

“A pressão sobre os jornalistas é intensa”, afirmou o secretário-geral da FIJ, Aidan White, acrescentando que “Israel deve permitir que os jornalistas estrangeiros entrem em Gaza e deve também garantir que as suas actividades militares cumprem com a lei internacional, especialmente a Resolução 1738 das Nações Unidas sobre a protecção de jornalistas e do pessoal dos média”.

Recorde-se que, há uns dias, a FIJ já tinha protestado contra o ataque israelita contra as instalações da estação televisiva Al Aqsa em Gaza, situação que também motivou agora uma carta do Comité para a Protecção dos Jornalistas (CPJ) ao ministro da Defesa israelita Ehud Barak.

Além de contestar o ataque contra a emissora nos mesmos termos que a FIJ, o CPJ revelou-se preocupado com o facto de a fronteira norte de Gaza com Israel ter sido declarada uma zona militar fechada, o que impede os jornalistas locais e estrangeiros de acompanhar o que se passa na área.

Partilhe