FIJ escreve a Guterres pela liberdade de imprensa no Qatar

Outra carta com o mesmo objetivo foi enviada a Tamim bin Hamad bin Khalifa Al Thani, emir do Qatar, a quem foi lembrado o direito fundamental de criação de um Sindicato dos Jornalistas. Cartas surgem na sequência da exigência de fecho da Al Jazeera por parte da Arábia Saudita e de vários aliados.

A Federação Internacional de Jornalistas (FIJ) enviou missivas a António Guterres, secretário-geral das Nações Unidas, mas também ao emir do Qatar, Tamim bin Hamad bin Khalifa Al Thani, lembrando a necessidade de defender a liberdade de imprensa e o respeito pelo direito fundamental da constituição de um Sindicato dos Jornalistas entre os qataris.

As cartas surgem depois da exigência que Arábia Saudita e vários dos seus aliados – Bahrain, Emirados Árabes, Egipto e Iémen – apresentaram quanto ao fecho da estação televisiva Al Jazeera.

A FIJ reforça as suas preocupações quanto ao que uma medida deste género significaria para a liberdade dos media, condenando ainda a recusa que o governo qatari manifestou acerca do direito dos jornalistas à constituição de um sindicato. “É uma séria violação do direito à liberdade de associação”, considerou a entidade na carta assinada por Philippe Leruth, presidente da FIJ.

Leruth pediu a Guterres que interviesse neste assunto, lembrando ao emir do Qatar que este “é um dos poucos países do mundo onde não é respeitado o direito humano fundamental da livre associação”. O dirigente da FIJ concluiu que é necessária uma ação imediata para que o governo “altere esta inaceitável prática política”.

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