A Federação Internacional de Jornalistas (FIJ) e a sua organização regional, a Federação Europeia de Jornalistas (FEJ), acusam o patronato dos média na Grécia de estar a promover uma “guerra total” aos direitos dos trabalhadores.
“A recusa dos empregadores em negociar mostra que apenas estão interessados numa escalada da confrontação”, afirma o secretário-geral das duas organizações, Aidan White, numa declaração conjunta da FIJ e da FEJ divulgada a 12 de Julho.
Segundo Aidan White, o patronato incorre num sério erro se pensa que esta táctica “intimidará os jornalistas e os outros trabalhadores dos média levando-os à submissão”.
A 13 de Julho tem início uma segunda greve de dois dias envolvendo todos os média gregos. A jornada de luta inclui uma manifestação, no dia 15, na Rádio e Televisão públicas.
Os trabalhadores já fizeram no início de Julho um dia de greve, mas “os empregadores estão simplesmente a tentar provocar uma guerra total”, afirmou Aidan White, sublinhando que os profissionais dos média estão a lutar por condições sociais aceitáveis, o que deveria ser resolvido através do “diálogo”.
A greve convocada pela União de Jornalistas da Imprensa Diária de Atenas, pela União da Imprensa Periódica e Electrónica e pela União de Jornalistas da Imprensa Diária da Macedónia e da Trácia, bem como dos impressores, distribuição, agências noticiosas e Radiotelevisão surge em resposta à recusa do patronato em actualizar os salários de forma a compensar a perda de poder de compra dos trabalhadores.
“Mesmo nestas condições, os empregadores deviam recuar e negociar de forma profissional, justa e democrática”, salientou Aidan White, que voltou a apelar aos membros da FEJ em toda a Europa para apoiarem a luta dos seus camaradas de profissão da Grécia.
O Sindicato dos Jornalistas (SJ), que sempre contou com o apoio dos seus congéneres gregos nas lutas que tem levado a cabo, manifestou a semana passada a sua total solidariedade com os camaradas de profissão na Grécia, que tal como os jornalistas em Portugal se defrontam com um ataque sem precedentes aos seus legítimos direitos.