FIJ assinala 8 de Março denunciando discriminação das jornalistas

Apesar do número crescente de mulheres nos órgãos de comunicação social, as jornalistas enfrentam enormes perigos e problemas de discriminação, o que coloca em risco o seu papel nos média, alerta a Federação Internacional de Jornalistas (FIJ).

A assinalar o 8 de Março, Dia Internacional da Mulher, a FIJ divulgou um documento recordando que as jornalistas continuam a ter de lutar por remuneração igual à dos seus colegas masculinos, além de terem menos oportunidades profissionais do que os homens e serem deixadas para trás na atribuição de lugares de chefia, não vendo reconhecidas as suas capacidades e aspirações.

A situação particular das repórteres de guerra é outro aspecto que preocupa a FIJ, já que as jornalistas a trabalhar em zonas de conflito não vêem o seu trabalho respeitado. De acordo com uma sondagem recente do Instituto Internacional para a Segurança da Imprensa (INSI), mais de metade das inquiridas revela ter sido vítima de assédio sexual, sendo que um número significativo se queixa mesmo de casos de abuso.

A FIJ sublinhou também que as repórteres de guerra devem receber treino e equipamento apropriados e lembrou que sete jornalistas foram mortas em cenários de conflito em 2004.

A Federação Internacional de Jornalistas aproveitou ainda a efeméride para insistir na libertação da jornalista francesa Florence Aubenas, desaparecida há dois meses no Iraque, onde estava em trabalho com o seu intérprete Hussein Hanoun Al-Saadi, também ele raptado.

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