A Federação Internacional de Jornalistas (FIJ) apelou a 26 de Maio, dia de abertura do seu 25º Congresso Mundial, a uma solidariedade global entre jornalistas, de maneira a desafiar o poder de uma classe de patrões “impiedosos e sem princípios” que domina a paisagem mediática.
Frisando que o jornalismo está a atravessar uma importante fase de transição e mudança, o secretário-geral da FIJ, Aidan White, afirmou a urgência dos sindicatos se ajustarem a novas formas de trabalho e criarem laços de solidariedade, pois “esta é a única forma de derrotar os patrões impiedosos e sem princípios que perderam todo o sentido de decência e respeito pela missão do jornalismo”.
A este propósito, no debate matinal, dedicado à necessidade de defender padrões de qualidade no jornalismo e exigir melhores condições sociais, o senegalês Alpha Sall lembrou que “muitos jornalistas continuam a não ganhar o suficiente para sustentar a família”.
Já o espanhol Juan Antonio Prieto optou por destacar as dificuldades que se têm vivido no sector desde o 11 de Setembro de 2001, tendo ainda sido sublinhados os perigos dos ataques crescentes contra o serviço público de radiodifusão e o desrespeito dos direitos laborais, que têm aumentado na Europa e na América do Norte.
Acerca deste último tema, Philip Jennings, dirigente da Union Network International, apelou a uma “solidariedade internacional sem precedentes” para fazer frente a questões como o trabalho infantil, os direitos humanos, os direitos dos trabalhadores e a propriedade intelectual e cultural, alertando ainda para os desafios impostos pela concentração de poder no sector dos média.
Por seu lado, Guy Rider, secretário-geral da Confederação Internacional de Organizações Sindicais Livres (CIOSL), enfatizou a importância das recentes campanhas de apelo à solidariedade e à justiça para com os jornalistas presentes no Iraque, e elogiou o empenho da FIJ e dos seus associados na criação do Instituto Internacional de Segurança Informativa (INSI).
