FBI desiste de aceder a documentos de Jack Anderson

O FBI não está de momento interessado em reclamar documentos governamentais que alegadamente estão nos arquivos do jornalista Jack Anderson, falecido em Dezembro de 2005, noticiou a Editor and Publisher, citando declarações do procurador James H. Clinger.

A afirmação foi proferida em resposta à pergunta “Ao abrigo de que estatuto pretende o FBI reclamar os documentos de Jack Anderson?”, presente num questionário do Comité Judiciário do Senado, datado de 30 de Novembro último. De acordo com a Editor and Publisher, ontem, 3 de Janeiro, ao fim do dia, um porta-voz do FBI recusou-se a comentar a situação.

Recorde-se que os arquivos de Jack Anderson – falecido aos 83 anos após uma carreira repleta de notícias em primeira mão sobre grandes escândalos – se tornaram alvo de uma disputa entre agentes do FBI e a família e o biógrafo do jornalista de investigação pouco depois do funeral deste.

Na altura, o FBI confirmou pretender retirar qualquer material classificado dos arquivos de Anderson, que estão guardados na George Washington University, antes de os mesmos ficarem disponíveis ao público, uma vez que tinha sido apurado que alguns dos papéis do jornalista continham informação classificada sobre fontes e métodos usados pelas agências de inteligência norte-americanas.

Perante as declarações do procurador, o professor de jornalismo Mark Feldstein, responsável pela biografia de Jack Anderson, mostrou-se “aliviado” por saber que o FBI tinha recuado nas suas intenções de procurar documentos classificados de há décadas nos papéis de um repórter morto, o que na sua opinião era “ir demasiado longe” no exercício dos poderes que estão atribuídos ao FBI.

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