Europa também precisa de Dia Mundial da Liberdade de Imprensa

A Federação Europeia de Jornalistas (FEJ) lamentou que as graves ameaças à liberdade de imprensa na Europa façam com que, ao contrário de outros anos, seja “cruelmente necessário” passar a mensagem de que é necessário proteger e assegurar este direito no Velho Continente.

Os exemplos são vários: na Hungria, a lei dos média continua a impor um controlo político indevido sobre os jornalistas, apesar das emendas introduzidas a pedido da União Europeia; em Itália, o primeiro-ministro continua a controlar um império mediático e publicitário que afecta a independência editorial da classe; na Roménia, os jornalistas são vistos como uma ameaça ao Estado; e na Bulgária e noutros países dos Balcãs, os jornalistas de investigação são ameaçados e por vezes até agredidos.

Além disso, a protecção das fontes está cada vez mais em risco, e um número crescente de jornalistas é forçado a trabalhar de forma precária como consequência das medidas de austeridade e da desregulação das relações de trabalho a longo prazo.

Sublinhando que a liberdade de imprensa nunca é um dado adquirido, a FEJ recorda que, após o 11 de Setembro de 2001 e os atentados que se lhe seguiram no Reino Unido e em Espanha, as leis antiterroristas e suas medidas de segurança excessivas limitaram a capacidade de os jornalistas trabalharem, acederem a informação, protegerem fontes e vigiarem os governos.

A organização sindical europeia demonstra ainda o seu apoio aos jornalistas de órgãos independentes na Bielorússia que, desde as eleições de Dezembro de 2010, têm “sofrido uma terrível repressão”, e aos mais de 60 profissionais da comunicação que enfrentam julgamentos e eventuais penas de prisão na Turquia.

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