Estrasburgo arquiva caso Kholodov

O Tribunal Europeu dos Direitos Humanos, sediado em Estrasburgo, arquivou a 16 de Outubro o caso do jornalista russo Dmitry Kholodov, assassinado há 12 anos, com a justificação de que não podia julgá-lo porque a Rússia só ratificou a Convenção Europeia dos Direitos Humanos após a morte do repórter do “Moskovsky Komsomolets”.

Antes de ser vitimado mortalmente pela explosão de uma mala armadilhada no seu escritório, o jornalista de 27 anos tinha andado a escrever acerca de corrupção de alto nível entre os militares russos.

Durante mais de uma década, os pais do jornalista tentaram buscar justiça dentro do sistema legal russo, mas os seis suspeitos da morte de Dmitry Kholodov foram recorrentemente absolvidos das acusações, o que levou Zoya e Yuri Kholodov a apelar para o Tribunal Europeu dos Direitos Humanos.

“A decisão do TEDH significa que quem levou a cabo o assassinato de Dmitry Kholodov escapou impune. Isto é extremamente preocupante e destaca a natureza disfuncional do sistema de justiça criminal na Rússia”, afirmou o director-executivo do Comité para a Protecção dos Jornalistas (CPJ), Joel Simon, que instou o governo russo a não permitir que a impunidade em casos deste género se continue a registar.

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