Escutas a jornalista letã divulgadas pelos média

Conversas telefónicas da repórter televisiva Ilze Jaunalksne com fontes de informação e colegas, gravadas por agentes da autoridade letões autorizados pelo governo, foram divulgadas em órgãos de informação audiovisuais, impressos e na Internet.

O caso foi condenado pela Federação Internacional de Jornalistas (FIJ) e pela sua congénere europeia (FEJ), que exigiram uma investigação total à gravação das conversas e à fuga de informação das mesmas para a imprensa, uma vez que a jornalista, conhecida por abordar várias vezes o tema da corrupção política para o programa “De Facto”, foi alvo de escutas sem nunca ter sido acusada de qualquer crime.

“As autoridades letãs precisam de explicar porque é que o telefone de Ilze Jaunalksne foi colocado sob escuta e como e porquê essas conversas chegaram à imprensa”, exigiu Arne König, presidente da FEJ, que considerou este caso como um golpe na liberdade de imprensa daquele país da União Europeia, pois “envia uma mensagem arrepiante de que os jornalistas e as suas fontes podem estar sob vigilância a qualquer altura”.

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