Dono de jornal assassinado no Líbano

Gebran Tueni, patrão do diário “An-Nahar” e deputado, foi uma das quatro pessoas mortas a 12 de Dezembro na sequência da explosão de uma bomba colocada num carro estacionado e que deflagrou à passagem do automóvel de Tueni, numa zona de maioria cristã de Beirute, capital do Líbano.

Este atentado provocou o adiamento, por motivos de segurança, de um encontro regional de grupos de imprensa promovido pela Federação Internacional de Jornalistas (FIJ) na cidade, previsto para o próximo fim-de-semana.

“Parece que todos os profissionais dos média e jornalistas independentes estão sob ameaça”, afirmou a FIJ criticando a “nova campanha de terror” que tem vindo a assolar o país desde o assassinato a 14 de Fevereiro do primeiro-ministro Rafik al-Hariri, e que tem visado sobretudo jornalistas críticos da influência síria no Líbano.

A 2 de Junho, Samir Kassir, colunista do “An-Nahar” crítico das políticas sírias, foi morto pela explosão de uma bomba num carro, e a apresentadora televisiva May Chidiac, da LBC, perdeu uma perna e um braço em consequência da explosão de uma bomba colocada no seu carro a 25 de Setembro.

Além da FIJ, organizações como o Comité para a Protecção dos Jornalistas (CPJ), a Repórteres Sem Fronteiras (RSF) e o Instituto Internacional de Imprensa (IPI) condenaram o assassinato de Gebran Tueni.

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