Dois jornalistas alemães mortos no Afeganistão

Karen Fischer e Christian Struwe, jornalistas freelance ao serviço da Deutsche Welle no Afeganistão, foram mortos na madrugada de sábado por homens armados com AK-47s que entraram na tenda que os repórteres tinham montado à saída de uma aldeia na província de Baghlan, cerca de 160 quilómetros a noroeste de Cabul.

O crime ocorreu por volta da 1h30 de 7 de Outubro, dia em que se assinalaram cinco anos da invasão do Afeganistão por parte da coligação liderada pelos Estados Unidos e, segundo o chefe de polícia local Mohammad Azim Hashami, aparentemente os assassinos não levaram quaisquer bens pessoais dos jornalistas, nem mesmo o veículo.

A repórter alemã de 30 anos e o seu colega de 38 estavam no Afeganistão a investigar com o obejctivo de realizarem um documentário e o seu destino seguinte era Bamiyan, o local onde duas grandes estátuas de Buda foram destruídas no início de 2001 pelos talibã.

“É trágico que Karen Fischer e Christian Struwe morram num país que tanto apoiaram nos últimos anos”, afirmou o director da Deutsche Welle, Erik Bettermann, recordando que Struwe ajudou a pôr de pé uma redacção de rádio e televisão estatal, enquanto elemento de um projecto financiado pela Deutsche Welle.

Também a Repórteres Sem Fronteiras (RSF) se afirmou “atordoada” com a notícia da morte dos dois jornalistas, a qual ocorreu no mesmo dia que o assassinato da russa Anna Politkovskaya e da inauguração de um memorial de homenagem a todos os jornalistas mortos no mundo desde 1944, na cidade francesa de Bayeux.

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