As autoridades moldavas têm mostrado “total desdém” pela liberdade de expressão e pelo direito à greve dos jornalistas desde que estes começaram a lutar pela independência do serviço público de radiodifusão, garante a Federação Internacional de Jornalistas (FIJ).
A organização, em nota divulgada a 7 de Setembro, expressou mesmo o seu “choque e indignação” pela forma como a polícia carregou sobre uma manifestação autorizada de jornalistas, provocando vários feridos, um dos quais viria a morrer mais tarde, vítima de “ataque cardíaco não especificado”.
As manifestações começaram a 27 de Julho, quando os jornalistas da Teleradio-Moldova decidiram protestar contra as novas formas de recrutamento de pessoal, consideradas injustas por se basearem em critérios mais políticos que profissionais.
Entretanto, desde 22 de Agosto, cinco pessoas optaram pela greve de fome como forma de contestar a tentativa de controlo político da emissora.
“As autoridades moldavas têm de voltar a colocar nos eixos a reestruturação da emissora pública e, acima de tudo, acabar com toda a violência contra os jornalistas e levar a cabo uma investigação completa às queixas dos nossos colegas”, afirmou o secretário-geral da FIJ, Aidan White.