“Diário de Notícias” publica resposta do SJ

O “Diário de Notícias” publicou, em 13 de Novembro, a resposta do Sindicato dos Jornalistas a acusações feitas pelo presidente do conselho de administração da Lusomundo Média, Henrique Granadeiro, em declarações ao DN de dia 7.

Na nota enviada ao DN, no dia 8 de Novembro, ao abrigo do direito de resposta, o SJ contesta a acusação feita por Henrique Granadeiro de ter “metido o nariz onde não era chamado”. Fazendo notar que não tomou qualquer posição sobre a nomeação do jornalista Fernando Lima para a direcção do DN, o SJ recorda que as posições que assumiu, e reitera, se reportam à legítima exigência de discutir “o processo de fusão e de concentração em curso, de analisar as suas consequências, de prevenir os seus efeitos negativos e defender os direitos e garantias” dos jornalistas.

Embora lamentando os termos usados pelo presidente da Lusomundo Média, o SJ reafirma a sua disponibilidade para o diálogo com a empresa, na defesa dos legítimos interesses dos jornalistas.

É o seguinte o texto, na íntegra, da resposta do SJ que o “Diário de Notícias” publicou:

Exmo. Senhor Director

do “Diário de Notícias”

Nos termos e para os efeitos dos artigos 24.º a 26.º da Lei de Imprensa, solicita-se a publicação do seguinte:

Sob o título “Quero a Redacção viva e não amorfa”, publicou o “Diário de Notícias”, na página 60 da sua edição de 7 do corrente, uma “caixa” na qual constam referências ao Sindicato dos Jornalistas que não podem passar sem resposta. Assim:

1. O texto não esclarece a que posições do SJ se refere o senhor presidente do Conselho de Administração da Lusomundo Média. Lida a referência no contexto da peça, poder-se-ia depreender que o SJ se pronunciou sobre a nomeação do jornalista Fernando Lima para a direcção do DN. Ora, tal não aconteceu, na medida em que as nomeações de directores pertencem à esfera soberana e exclusiva das redacções e dos seus conselhos.

2. Assim, só pode entender-se que a mesma referência tenha a ver com a legítima exigência do SJ em querer discutir com o CA da Lusomundo Média o processo de fusão e de concentração em curso, de analisar as suas consequências, de prevenir os seus efeitos negativos e defender os direitos e garantias dos jornalistas. Sobre esta questão, a Direcção do SJ reitera tudo quanto tem afirmado, fazendo-o com a maior disponibilidade para o diálogo, apesar da atitude refractária e até arrogante manifestada pela Lusomundo e pelo seu presidente.

3. Regista-se o tom e os termos descorteses com que o senhor presidente da Lusomundo Média se refere à Alta Autoridade para a Comunicação Social e ao Sindicato dos Jornalistas – “Meteram o nariz onde não eram chamados”. Tais termos, que lamentamos, não atingem o Sindicato, que goza, como qualquer outra entidade, do direito de se pronunciar livremente sobre o que quer que seja. Ao invés, só deslustram o seu autor, pois dele se exige, pela elevada posição que ocupa, um relacionamento institucional pautado pelo respeito e pela urbanidade.

Pela Direcção do SJ

Alfredo Maia

Presidente

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