O atraso contínuo nos aumentos salariais à classe jornalística do Paquistão motivou uma tomada de posição da Federação Internacional de Jornalistas (FIJ), que apela a todas as organizações de jornalistas da Ásia para que se unam num dia internacional de protesto contra aquela situação, que viola uma ordem contrária de há dois anos.

A FIJ alerta para o facto dos proprietários de jornais no Paquistão nunca terem cumprido a decisão tomada em sede de concertação social a 8 de Outubro de 2001 e estarem a pagar aos trabalhadores da imprensa escrita de acordo com uma tabela salarial de há oito anos.

Dá-se mesmo o caso de alguns órgãos, na sua maioria regionais, se regerem por tabelas salariais ainda mais antigas que esta, apesar de terem sido feitas diversas chamadas de atenção sobre o caso, nomeadamente por parte da União Federal de Jornalistas do Paquistão (PFUJ).

Actualmente, os jornalistas paquistaneses trabalham em condições precárias, com a maioria sem vínculo formal ou com contratos ilegais. Isto, independentemente dos proprietários de jornais estarem a receber do Governo apoios como a redução do imposto na importação de papel de jornal e o aumento de 200% na publicidade governamental nos jornais.