Os últimos dias têm sido marcados por diversas detenções e agressões a jornalistas no Nepal, as quais já motivaram protestos de várias organizações de defesa da liberdade de imprensa nepalesas e internacionais.
Segundo a Federação Internacional de Jornalistas (FIJ), foram detidos cerca de cem de jornalistas desde 5 de Abril, e 24 foram brutalmente agredidos pelas forças de segurança enquanto cobriam protestos convocados por uma coligação de sete partidos que defende o regresso do Nepal à democracia.
Entre os detidos incluem-se vários dirigentes sindicais da Federação de Jornalistas Nepaleses (FNJ), organização que, a 10 de Abril, afirmava que vinte jornalistas permaneciam sob custódia das autoridades, as quais impuseram o recolher obrigatório no país a 8 de Abril.
A situação precária da liberdade de imprensa no Nepal já tinha sido documentada há algumas semanas por uma missão de observação internacional, que detectou inúmeros casos de assédio, intimidação, detenção ilegal e tortura de jornalistas, assim como diversas leis restritivas impostas pelo rei Gyanendra, que a 1 de Fevereiro de 2005 levou a cabo um golpe de Estado e limitou algumas liberdades naquele país asiático que há já vários anos é palco de uma guerra civil entre o estado e rebeldes maoístas.
