Deputado insiste na audição do CR da Lusa pelo Parlamento

O deputado Agostinho Branquinho, do PSD, insistiu na “necessidade imperiosa” de o Conselho de Redacção da Lusa ser ouvido na Assembleia da República, no final da audição da Directora de Informação da agência, Deolinda Almeida, no dia 17.

“O Conselho de Redacção disse que foi uma notícia exemplarmente bem feita, a Direcção de Informação disse que era pouco séria. São contradições tão óbvias que se justifica o Parlamento ouvir o Conselho de Redacção”, afirmou o deputado, segundo a notícia da Lusa,

Recorde-se que a audição do Conselho de Redacção da Lusa pela Comissão Parlamentar de Assuntos Constitucionais, Direitos, Liberdades e Garantias foi anteriormente pedido pelo PSD mas recusado pelo PS.

O deputado social-democrata, em declarações aos jornalistas no final da audição, remeteu para a próxima semana o anúncio dos “passos seguintes” que o PSD dará sobre este assunto.

O jornal “Público” adianta, na sua edição de hoje, 18 de Fevereiro, que o PSD apresentará na próxima semana uma queixa à Entidade Reguladora da Comunicação (ERC), que ontem tomou posse.

Assim, deve continuar o “empolamento” do caso, como foi salientado pelo deputado socialista Arons de Carvalho, que considerou que o Parlamento está “a exorbitar as suas competências” e que se “está a ampliar uma questão menor de divergências normais de uma redacção para tentar retirar dividendos” políticos.

O deputado comunista António Filipe salientou que o caso das notícias sobre as escolas com ligação de banda larga à Internet “é um assunto interno e concreto. Há posições contraditórias, mas não quer dizer que deva ser a Assembleia da República a decidir quem tem razão”.

Francisco Louçã, do Bloco de Esquerda, afirmou que as respostas da Directora de Informação da Lusa foram “muito pouco clarificadoras”. Além de perguntas sobre o actual caso, Francisco Louçã confrontou Deolinda Almeida com um conjunto de 13 notícias divulgadas pela agência num dia de Julho de 2004 todas elas relacionadas com “uma vaga de fundo para convencer o Presidente da República para nomear Santana Lopes” primeiro-ministro.

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