Currículo de Acácio Barradas

Acácio Barradas (Porto, 1936). Autodidacta, frequentou o Liceu até ao 5.º ano. Outras habilitações: Curso de Jornalismo (Instituto de Angola, Luanda, 1957), Curso de Documentalismo em Comunicação Social (Teor, Lisboa, 1978) e Curso de Formação Pedagógica de Formadores (Cenjor – Centro Protocolar de Formação Profissional para Jornalistas, Lisboa, 1996).

Reformado em Agosto de 2001, aplicou de imediato a sua disponibilidade na criação do sítio do Sindicato dos Jornalistas na Internet, www.jornalistas.online.pt, que foi lançado em Março de 2002. Desde então consagra-se à investigação histórica, com o objectivo de realizar alguns trabalhos jornalísticos de grande formato.

Terminou a carreira de quadro redactorial como editor da Agenda/Planeamento do «Diário de Notícias», em cuja redacção ingressou em 1991, tendo desempenhado sucessivamente os cargos de chefe de Redacção adjunto e de editor das secções País e Fecho. No mesmo jornal foi eleito para o Conselho de Redacção (1996) e como delegado sindical (1998/2000).

É presidente da Assembleia Geral do Sindicato dos Jornalistas, eleito para o biénio 2005/2006, depois de ter sido presidente substituto da mesma Assembleia Geral (2002/2003)e após dois mandatos como vice-presidente da Direcção (1998/2001). Anteriormente, representou o Sindicato dos Jornalistas no Conselho Geral da Agência Lusa (1990/1997).

Desde a fundação do Clube dos Jornalistas, em 1984, é presidente do respectivo Conselho Fiscal, cargo para que tem sido sucessivamente reeleito de dois em dois anos. Ainda no âmbito do Clube de Jornalistas, participou nos primeiros júris dos Prémios Gazeta e integra o Conselho Redactorial da revista «JJ – Jornalismo e Jornalistas», que o Clube edita desde o ano 2000.

No plano pedagógico, integrou durante cinco anos (1996/2001)o quadro de formador do Centro Protocolar de Formação Profissional para Jornalistas (Cenjor), em áreas como Organização Redactorial, Agenda e Planeamento, Jornalismo de Banca, Géneros de Opinião e Produção de Jornais e Revistas.

Anteriormente, foi chefe de Redacção do «Diário de Lisboa» (1989/90); chefe de Redacção eleito (1986) e reeleito (1989) do «Diário Popular», onde ingressou em 1968, tendo desempenhando sucessivamente as funções de redactor da secção Cidade, redactor-paginador, coordenador da paginação, chefe das secções Cultura e Grande Lisboa, subchefe e chefe de Redacção. No mesmo jornal, seria eleito para a Comissão de Trabalhadores (1976/77) e para o Conselho de Redacção (1978).

Cumulativamente, foi chefe de Redacção do semanário «o ponto» (1981/82), coordenador da Redacção do semanário «se7e» (1977/81) e chefe de Redacção da revista «R&T – Rádio & Televisão» (1973/74).

Em 1975, a Comissão de Trabalhadores do «Diário Popular» apresentou a sua candidatura ao cargo de director do jornal, eleição que seria ganha pelo outro candidato, Jacinto Baptista, de que aliás era proponente e contra o qual se absteve de fazer campanha.

Em 1976 foi eleito, por unanimidade, em assembleia geral do Sindicato dos Jornalistas, para representar a classe no Congresso de Todos os Sindicatos, promovido pela CGTP.

Em Angola, onde viveu durante 15 anos (1953/68), foi chefe de Redacção e redactor principal da revista «Notícia» (1964/65 e 1967/68), na última fase com edições simultâneas em Luanda e Lisboa; chefe de Redacção da revista «Noite e Dia» (1967); chefe de Redacção do vespertino «ABC-Diário de Angola» (1960/62, 1963/64 e 1966/67); coordenador da revista «ATCA», do Automóvel e Touring Club de Angola (1964/65); chefe de Redacção do semanário «Jornal do Congo» (1962/63); repórter do matutino «a província de Angola» (1957/58); correspondente em Luanda do «Diário Popular» (1955/56) e repórter do matutino «O Comércio de Angola» (1954), de que 20 anos depois recusou o cargo de director quando para tal foi convidado, após o 25 de Abril, pelo grupo Champallimaud, proprietário do jornal.

Além das publicações a cujo quadro redactorial pertenceu, tem colaboração dispersa por: «Jornal de Lousada» (1952/53), «Jornal de Notícias» (1953), «O Penafidelense» (1954), «Jornal de Angola» (1954), «A Planície», de Moura (1956/57), «Diário Ilustrado» (1957), «Jornal da Huila» (1958/59 e 1968/69), «Jornal do Fundão» (1968/69), «Sempre Fixe» (1975), revista «História» (1979) e revista «Nova Renascença» (1998).

É autor do prefácio de «O Uivo do Coiote», livro com entrevistas de Luiz Pacheco, editado pela Contraponto (1997). Participou em duas obras colectivas: «Retratos de Ontem», colecção Textos e Documentos, Editorial Notícias (1994), sobre o regime derrubado no 25 de Abril, e «A Guerra Colonial – Realidade e Ficção», Editorial Notícias (2001).

Poeta sem livro publicado, utiliza o pseudónimo literário Álvaro Reis, com o qual figura na «Antologia Poética Angolana» coligida por Mário António para a colecção Imbondeiro (1963).

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