CPJ e RSF temem pela segurança de Sami Yousafzai

A recente transferência do jornalista afegão Sami Yousafzai, colaborador da “Newsweek”, para uma prisão numa zona tribal do Paquistão, deixou apreensivos o Comité para a Protecção dos Jornalistas (CPJ) e a Repórteres Sem Fronteiras (RSF), que temem pela sua segurança.

O repórter, que foi detido a 21 de Abril na companhia da jornalista norte-americana Eliza Griswold numa região fronteiriça, foi mudado para o Vaziristão do Norte, uma zona semi-autónoma e tribal onde existe um código penal diferente e em que muitas vezes os acusados não têm direito a representante legal, nem a um julgamento justo.

Não são ainda claras quais as acusações que pesam sobre o jornalista, segundo o CPJ, nem se o seu caso está sob a alçada do governo federal paquistanês ou das autoridades tribais.

O advogado do repórter avançou com um pedido de habeas corpus para o Tribunal de Peshawar e, se este for aceite, Sami Yousafzai será presente aos juízes, que vão averiguar da legalidade da sua detenção.

Entretanto, de acordo com a RSF, organizações de jornalistas no país manifestaram-se pela libertação do jornalista, dizendo que estão a ser aplicados a este caso dois pesos e duas medidas, já que a jornalista norte-americana foi libertada, embora expulsa do país, enquanto o repórter continua preso e sem direito a visitas da família.

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