CPJ denuncia dez tácticas para a censura na Internet

Para comemorar o Dia Mundial da Liberdade de Imprensa, o Comité para a Protecção dos Jornalistas elaborou um relatório sobre as 10 estratégias mais usadas para a censura na Internet, algumas das quais possuem “assombrosos níveis de sofisticação”.

Nesse relatório, da autoria de Danny O’Brien, é visível como os regimes opressivos têm sabido acompanhar os tempos e usar tanto novas ferramentas de repressão, de que são exemplo os ataques cibernéticos a sítios de notícias na Bielorússia, como as mais velhas, incluindo a prisão de repórteres na Síria e o uso da violência contra blogueiros na Rússia.

Segundo o documento, entre as tácticas mais usadas estão: o bloqueio de sítios Web, aspecto em que o Irão está na dianteira a nível mundial; a censura de precisão, em que a Bielorússia é especialista; o acesso negado à rede, comum em Cuba; o controlo da infra-estrutura de telecomunicações, de que a Etiópia é um bom exemplo; ou o ataque a sítios administrados por jornalistas no exílio, prática seguida pela junta militar da Birmânia.

O relatório refere ainda: os ataques com malware, programas informáticos que causam danos, muito usados pelo regime chinês; os crimes cibernéticos do Estado, de que foram exemplo as páginas falsas que o regime de Ben Ali na Tunísia criou para roubar nomes de utilizador e palavras-passe de jornalistas; o fecho completo do serviço de Internet, a que recorreu o governo de Hosni Mubarak no Egipto; a detenção de blogueiros, que tem ocorrido na Síria, por exemplo; e a violência contra ciberjornalistas, uma prática cada vez mais comum, e impune, na Rússia.

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