O Comité para a Protecção dos Jornalistas (CPJ) repudia a condenação de Islam Salih, chefe da delegação da Al-Jazeera no Sudão, a um mês de prisão, e exige a sua libertação imediata.
A sentença foi proferida a 10 de Abril por um tribunal sudanês, que considerou Islam Salih culpado de difundir informação falsa e de impedir um trabalhador do Estado de cumprir com o seu dever. As acusações resultaram de um incidente registado em Dezembro de 2003, quando agentes governamentais confiscaram da delegação da Al-Jazeera em Cartum material de trabalho, alegando que este tinha entrado indevidamente no país.
O jornalista e chefe da delegação informou do sucedido os seus editores no Qatar, e o seu testemunho foi difundido pela estação.
De acordo com o advogado do jornalista, o conflito entre Islam Salih e as autoridades agravou-se quando a delegação da Al-Jazeera em Cartum adquiriu equipamentos que lhe permitem difundir as reportagens sem necessitar de usar as estruturas disponibilizadas pelo governo sudanês, as quais são facilmente manipuláveis.
Condenando a atitude das autoridades sudanesas, o CPJ e exigiu que Islam Salih seja imediatamente libertado e autorizado a trabalhar sem mais interferências governamentais.