Congresso de jornalistas tunisinos proibido

As autoridades tunisinas decidiram interditar o congresso constitutivo do Sindicato de Jornalistas Tunisinos (SJT), agendado para 7 de Setembro, tendo o presidente do comité fundador da organização, Lotfi Hajji, sido notificado da decisão a 24 de Agosto.

No dia anterior, Lotfi Hajji fora intimado a comparecer perante a Direcção de Segurança de Tunis, o que fez logo na manhã de 24, data em que foi interrogado pela polícia sobre um comunicado presente na Internet, no qual se anunciava a data do congresso e as actividades previstas para o mesmo.

As autoridades tunisinas alegam que o SJT “não pode organizar qualquer actividade no país” porque é “uma organização juridicamente desconhecida”, e por isso tentou levar Lotfi Hajji a assinar uma declaração admitindo o “carácter ilegal” do sindicato.

No entanto, o presidente do comité fundador do SJT e correspondente da Al-Jazira recusou-se a assinar o documento e garante que a sua organização procedeu de acordo com o Código do Trabalho tunisino, que prevê apenas uma notificação com depósito dos estatutos da entidade colectiva.

O SJT foi fundado em Maio de 2004 por cerca de 150 jornalistas e tinha convidado para este congresso constitutivo representantes da Federação Internacional de Jornalistas (FIJ), da Confederação Internacional de Sindicatos Livres (CISL) e dos sindicatos de jornalistas argelino, marroquino e egípcio, por forma a debater o estado da imprensa no Norte de África.

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