Confederação Europeia dos Sindicatos critica flexisegurança

A Confederação Europeia dos Sindicatos (CES), por intermédio do secretário-geral John Monks, instou os ministros do Trabalho de Alemanha, Portugal e Eslovénia a trabalharem em conjunto para promover melhores empregos e ajudar a combater o trabalho precário na Europa, em vez de tentarem impor a flexibilidade às custas da segurança no emprego e das condições de trabalho.

O apelo foi feito em Berlim antes de uma reunião informal dos ministros do Trabalho da União Europeia cujo objectivo era debater formas de melhorar a qualidade do trabalho e discutir o Livro Verde da Comissão Europeia sobre a “modernização das leis laborais”.

A CES mostrou-se preparada para tomar parte do debate sobre flexisegurança, mas só se esta se centrar mais em quem trabalha e beneficiar tanto os trabalhadores como as empresas, uma vez que os primeiros “já estão a carregar o fardo de terem de se adaptar a exigências de reestruturações, novas condições de emprego e maior flexibilidade”.

Temendo que o Livro Verde esteja a ser tomado pela questão da flexisegurança e pela facilitação das leis de despedimento em vez da melhoria das condições de trabalho, a confederação euopeia alertou os líderes europeus para que oiçam os 80 por cento de trabalhadores que consideram a segurança no trabalho como o aspecto mais importante para desempenhar bem a sua função.

“A insegurança no emprego vai gerar fraca formação, baixa produtividade e baixa inovação para todos os trabalhadores”, disse John Monks, frisando a necessidade de “trabalharmos em conjunto para desenvolver ideias inovadoras para criar empregos bons e de qualidade”.

A ETUC instou ainda os ministros do Trabalho europeus a efectuarem um relatório sobre a qualidade do trabalho na Europa e a discutirem o tema durante a presidência portuguesa da UE, em linha com o debate em torno dos princípios da flexisegurança.

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