Comissão de Ética analisa situação na Lusa

Por requerimento do PCP, a comissão parlamentar de Ética ouve hoje a comissão de trabalhadores e o presidente do conselho de administração da agência Lusa para analisar a situação financeira da empresa e a “existência de situações de enorme disparidade salarial”.

No requerimento, apresentado em Maio, o grupo parlamentar comunista refere que teve acesso a “um conjunto de informações preocupantes relacionadas com a agência Lusa, designadamente sobre a gestão daquela agência noticiosa, o seu financiamento e a situação financeira em que se encontra, bem como a existência de situações de enorme disparidade salarial”.

“A confirmar-se tais informações – afirma o PCP – pode estar em causa a missão e a garantia do serviço público de qualidade que à Lusa compete, bem como o seu equilíbrio financeiro, justificando-se as legítimas preocupações dos trabalhadores quanto ao futuro dos postos de trabalho”.

A presença do conselho de administração da Lusa na comissão também já tinha sido requerida pelo Bloco de Esquerda, em Fevereiro, mas devido a notícias sobre o encerramento de algumas delegações nacionais da agência. Também o PCP e o PSD, em requerimentos anteriores, pediram esclarecimentos ao Governo sobre esta matéria.

O Partido Ecologista “Os Verdes”, por seu turno, após ter recebido representantes da comissão de trabalhadores e do conselho de redacção da Lusa, questionou o Governo sobre a situação da empresa em matéria salarial, laboral e editorial, exigindo explicações dos ministros das Finanças e da Presidência. Nos dois requerimentos enviados ao Governo, o deputado José Luís Ferreira refere “um clima de intimidação que se vive na agência, em particular na redacção”, acrescentando que “a perseguição a membros do conselho de redacção” tem sido “uma constante nos últimos anos”.

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