China interroga e deporta três jornalistas de Hong Kong

Dois repórteres e um fotógrafo do jornal “Apple Daily”, de Hong Kong, foram interrogados e deportados a 9 de Março pelas autoridades chinesas, ao que tudo indica por ausência de acreditação para fazer reportagens na China.

Os jornalistas – que se encontravam em Pequim para cobrir o Congresso Nacional do Povo – foram detidos logo pela manhã no hotel e, após seis horas de interrogatório, levados ao aeroporto de Pequim e colocados num voo para Hong Kong.

Segundo o Comité para a Protecção dos Jornalistas (CPJ), a autorização em falta é regularmente recusada pelas autoridades chinesas ao “Apple Daily” – o segundo maior jornal de língua chinesa de Hong Kong – por este publicar reportagens críticas do governo chinês.

A directora executiva do CPJ, Ann Cooper, instou o governo chinês a permitir que todos os órgãos de comunicação cubram o congresso, cuja importância é crucial para os cidadãos da China e de Hong Kong, e afirmou que “ao recusar aos jornalistas do “Apple Daily” o direito de informar a partir da China, o governo está a privar os cidadãos de Hong Kong de aceder a informação básica sobre os desenvolvimentos políticos e sociais na China.”

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