Dusko Jovanovic, proprietário e chefe de redacção do diário “Dan”, de Podgorica, na Sérvia e Montenegro, foi assassinado na noite de 27 de Maio quando entrava na sua viatura em frente às instalações do jornal.
Segundo a Federação Internacional de Jornalistas (FIJ), o jornalista de 40 anos era altamente polémico e crítico da coligação de governo liderada por Milo Djukanovic, tendo recebido recentemente várias ameaças de morte.
A organização recordou ainda que nos últimos cinco anos ocorreram outras duas mortes na Sérvia e Montenegro que nunca foram devidamente investigadas nem levaram ninguém perante a justiça: a de Slavko Curuvija, em 1999, e a de Milan Pantic, em 2001.
Indignado com a morte do jornalista montenegrino e também com a morte de dois repórteres japoneses no Iraque, o secretário-geral da FIJ, Aidan White, instou as Nações Unidas a emitirem uma “declaração clara e sem ambiguidades exigindo que os Estados-membros respeitem as regras internacionais de protecção a jornalistas e pessoal dos média”.
No dia seguinte à morte dos três jornalistas, os delegados ao Congresso Mundial da FIJ, em Atenas, fizeram um minuto de silêncio, em memória dos camaradas mortos.