O trabalho dos editores do diário grego “Makedonia” tem sido censurado repetidamente pela administração do jornal, acusa o Sindicato de Jornalistas dos Diários da Macedónia e da Trácia (ESIEMTH).
O último desses incidentes ocorreu há cerca de duas semanas, quando um artigo sobre as eleições em Tessalónica, escrito pelo editor Nikos Eliadis, foi alterado e distorcido sem o consentimento deste.
Depois, quando o jornalista avisou o sindicato do que tinha acontecido, foi “castigado” com a colocação noutra editoria por ter cometido “o acto impróprio de informar o respectivo sindicato do assunto”.
Em carta enviada ao editor executivo do “Makedonia”, Lukas Katsonis, a Federação Internacional de Jornalistas (FIJ) instou-o a recolocar o jornalista na posição original e a dialogar com o ESIEMTH para resolver outras questões pendentes.
A organização considerou as atitudes da administração inaceitáveis, até porque as mesmas não estão em consonância com a decisão histórica tomada em Outubro de 2004 pelo Tribunal de Recurso de Tessalónica a favor do jornalista Haralambos Bikas, despedido sem justa causa do “Makedonia” após regressar da guerra no Iraque.
Recorde-se que, na sequência desse caso, o tribunal deu razão à greve de solidariedade interna a favor da reintegração do jornalista, classificando-a como “um direito legítimo exercido pelo bem colectivo e que está no cerne da solidariedade sindical e laboral”.